Como é que o faturamento e o lucro têm se comportado em 2017 quando comparado com os cinco anos anteriores? Este resultado revela as tendências do mercado e a necessidade de ações diferentes.
O filósofo e escritor americano John Dewey (1859/1952) afirmou que “um problema bem definido está meio resolvido”, pois desconhecer a situação dificulta saber por onde começar e a indefinição contribui para mantê-lo ignorado. Buscar informações da maneira como a classe empresarial atua no Brasil é o nosso maior desejo, pois permitirá explorar as dificuldades para propor soluções.
Aos que ainda não tiveram a oportunidade de ler os três primeiros artigos que deram início à análise da PNEC/2017, os mesmos estão disponíveis https://goo.gl/avYf9J, https://goo.gl/g2xmnw e https://goo.gl/2WNjYp.
Em 2014, ocasião da 2ª PNEC, a economia brasileira estava menos desorganizada do que atualmente. De lá para cá a credibilidade da população em relação aos governantes caiu sensivelmente em função dos sucessivos escândalos escancarados pela Operação Lava Jato, que pela segunda vez afastou um presidente do Brasil. Em 2014, 67% dos empresários contábeis responderam que ao comparar o faturamento daquele ano com os cinco anos anteriores foi apurado crescimento. Em 2017 a realidade é bem diferente, pois apenas 49% afirmaram que houve crescimento se comparados com os últimos cinco anos; 17% responderam que o faturamento está igual, 28% declararam que caiu e 6% não souberam ou não quiseram responder.
A onda propagada pelas Casas Bahia “quer pagar quanto?” tem se espalhado por todos os setores. Os mais atentos quanto ao aproveitamento dos novos recursos tecnológicos conseguem produzir muito mais com custos menores, e assim os preços caem. Quem não adotou essas tecnologias se depara com a exigência dos clientes, em função dos preços da concorrência. Essa onda faz os preços caírem. E como fica o lucro no meio disso?
Já na 3º PNEC, enquanto 67% disseram que o faturamento cresceu, apenas 56% reconhecem que o lucro líquido também apurou crescimento, ou seja, 84% daqueles que tiveram faturamento maior também conseguiram lucro maior. Em 2017, de acordo com as respostas dos empresários contábeis que participaram da PNEC, o lucro cresceu apenas 31%, ou seja, 63% daqueles que disseram que houve crescimento no faturamento conseguiram aumentar o lucro. Por outro lado, 22% dos empresários responderam que o lucro estava igual, 39% disseram que caiu e 8% não souberam ou não quiseram responder.
As dificuldades parecem maiores, mas a classe empresarial contábil tem uma excelente oportunidade para se reinventar. Como já disse Frank Lloyd Wright (1867/1959), arquiteto, escritor e educado estadunidense, “a raça humana construiu com mais nobreza quando as limitações eram maiores”.
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